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A ingestão de água está prejudicando a sua produção de leite?

cow drinking

Os produtores de leite estão sempre procurando maneiras de maximizar o retorno do investimento. Problemas relacionados à ingestão de água são comumente subestimados em granjas leiteiras, o que pode estar impedindo uma produção de leite mais eficiente.

Por que aumentar a ingestão de água?

A água é o nutriente essencial mais importante consumido pelas vacas leiteiras impactando a nutrição, a fisiologia e a saúde do gado de leite. Entretanto, é frequentemente negligenciada.

  • Em 100 libras (45 kg) de leite, 87,5 libras (40 kg) dependem diretamente da produção eficiente de gordura do leite, proteínas e outros sólidos.
  • Em média, o corpo de uma vaca de 1.500 libras (680 kg) contém cerca de 1.000 libras (454 kg) ou 120 galões (454 litros) de água.
  • Uma vaca leiteira média bebe 35 galões (132 litros) de água por dia, repondo a água do corpo a cada quatro dias.
  • Cada polegada (cúbica) adicional de espaço para água está associada a 2 libras (0,9 kg) de leite.
  • Quatro fontes principais contribuem para a eliminação de água: leite (33 %), estrume (33 %), urina (20 %) e transpiração/expiração dos pulmões através da ofegação (15 %).
  • São necessários três quilos de água para produzir um quilo de leite.

water space economics

Uma vaca leiteira usa água para os processos biológicos críticos de digestão, metabolismo, síntese de leite e regulação da temperatura corporal e equilíbrio eletrolítico. As vacas bebem a maior parte da água durante o dia, principalmente de 30 a 90 minutos após a ordenha (Burkhardt et al., 2022).

Relação entre alimentação e consumo de água

A ingestão de água está altamente correlacionada com a ingestão de matéria seca. O teor de umidade na dieta afeta a ingestão de água, principalmente a inclusão de certos minerais tais como os eletrólitos: sódio, potássio e cloreto. Esses eletrólitos devem ser mantidos em equilíbrio entre si. Rações ricas em silagem de milho podem levar a um limite na produção de leite devido ao fornecimento de potássio na dieta, especialmente durante o tempo quente. Vacas recém-paridas e vacas em início de lactação são especialmente sensíveis ao fornecimento de eletrólitos. A pesquisa demonstrou que a suplementação de potássio com acesso adequado ao sal promove um melhor desempenho sob estresse térmico (Schneider et al., 1988).

Problemas comuns que afetam a ingestão de água

Sua granja fornece às vacas espaço adequado de bebedouros, capacidade de armazenagem e taxas de fluxo ou reabastecimento de água? Filho et al., 2004 descobriram que vacas preferiam beber em bebedouros maiores e consumiam mais água do que em bebedouros menores. Para reiterar a importância do tamanho do bebedouro no consumo, um estudo realizado em granjas leiteiras comerciais em Ontário, descobriu que cada polegada adicional de espaço linear de água por vaca estava associada a duas libras adicionais de produção de leite (Sova et al., 2013).

Não só a quantidade de área de superfície é importante, mas a taxa de reabastecimento deve ser de cerca de 22 a 26 litros (6 a 7 galões) por minuto para garantir que as vacas tenham acesso à água durante a alta demanda (University of Wisconsin – Dairyland Initiative).

Problemas comuns em muitas granjas leiteiras são a má localização dos bebedouros e a falta de locais para bebedouros na baia. Tal como nos comedouros, as vacas exibem a sua hierarquia de dominância-submissão em torno das fontes de água, desta forma os produtores de leite devem garantir que o acesso aos bebedouros não seja limitado. Vacas primíparas beneficiaram-se de bebedouros de fácil acesso e responderam com aumento na produção de leite (Naess et al., 2011).

A superlotação agrava o acesso das vacas à água. Se mais vacas forem adensadas em um espaço menor de freestalls, comedouros e áreas de espera, a adição de calor apenas intensificará a necessidade de consumo de água pelas vacas. O clima quente e o estresse térmico aumentam a necessidade de água em até 50 %. Em um dia com temperatura de 80°F (27°C) em comparação com 60°F (15°C), uma vaca leiteira produzindo 100 libras de leite (45 kg) requer 4-5 galões a mais de água (15 a 19 litros).

A solução mais simples para esses cenários é adicionar mais acesso à água – de preferência dentro de 50 pés (15 metros) de distância do comedouro e acessos enquanto a vaca retorna à baia. A pressão e o fluxo de água adequados devem ser mantidos, e os tanques de água, comedouros, bebedouros ou baias devem ser mantidos limpos. Testes anuais são fundamentais para garantir a qualidade da água. Os problemas de qualidade da água mais comuns observados, segundo Thomas (2001), são níveis excessivos de ferro livre, sulfatos, cloretos e sólidos totais dissolvidos.

Diretrizes para espaço e abastecimento de água em granjas leiteiras do tipo freestall:

Fornecimento de água

  • 3 1/2 polegadas lineares por vaca (9 cm) com profundidade da lâmina d’água de 3 a 6 polegadas (8-15 cm)
  • Um tanque de água para cada 15 a 20 vacas
  • Forneça dois terços de um pé quadrado de área de superfície de água por vaca.
  • Altura do bebedouro de 22 a 24 polegadas (56 a 61 cm)

Localização da água

  • Localize os acessos à água perto da saída da sala de ordenha e do comedouro
  • A água deve estar na sombra
  • Posicione a água em áreas não restritas, como passagens amplas e corredores de retorno.

Vazão de água

  • Capacidade de reabastecimento de 6 a 7 galões (22 a 26 litros) por minuto
  • O fluxo pode ser restrito pelo diâmetro do encanamento, sua condição, capacidade de bombeamento ou do poço
  • As vacas preferem água potável de fria a morna (65°F a 80°F; 18°C a 27°C).

 

Para saber mais sobre a importância da ingestão de água para o conforto das vacas, entre em contato hoje mesmo com seu representante NOVUS.

 

  1. Burkhardt, F.K, J.J Hayer, C. Heinemann and J. Steinhoff-Wagner. 2022. Drinking behavior of dairy cows under commercial farm conditions differs depending on water trough design and cleanliness. Appl. Anim. Behav. Sci. 256 (Article 105752).
  2. Næss G., K.E.Bøe, O. Osterås. 2011. Layouts for small freestall dairy barns: effect on milk yield for cows in different parities. J Dairy Sci. 94(3):1256-64
  3. Schneider P.L., D.K. Beede, C.J. Wilcox. 1988 Effects of supplemental potassium and sodium chloride salts on ruminal turnover rates, acid-base and mineral status of lactating dairy cows during heat stress. J. Anim Sci. 66(1) 126-135.
  4. Sova, A.D., S.J. LeBlanc, B.W. McBride and T.J. DeVries. 2013. Associations between herd-level feeding management practices, feed sorting, and milk production in freestall dairy farms. J. Dairy Sci. 96:4759-4770.
  5. Thomas, C. 2011. Drinking water for dairy cattle. Accessed Jan. 2024 https://www.canr.msu.edu/news/ _water_for_dairy_cattle_part_3.
Clem Nash
Clémence Nash, Ph.D.

Com seu profundo conhecimento sobre bem-estar animal e produção leiteira, a Dra. Nash está ajudando a NOVUS a criar conexões entre seu serviço de avaliação de pecuária leiteira – Programa C.O.W.S.® – e seu negócio comercial, desenvolvendo estratégias para serviços com valor agregado que deem suporte aos clientes produtores de leite na América do Norte.

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